COMO SAIR DE SAIAS JUSTAS PROFISSIONAIS | DICAS PRÁTICAS

Hora de falar sobre aquelas situações embaraçosas nas reuniões profissionais. Afinal, quem nunca passou por uma saia justa? Separei as principais saias justas profissionais que já vivenciei e como faço na prática para lidar com […]

Hora de falar sobre aquelas situações embaraçosas nas reuniões profissionais. Afinal, quem nunca passou por uma saia justa? Separei as principais saias justas profissionais que já vivenciei e como faço na prática para lidar com essas situações com serenidade e profissionalismo.

  • Cliente não deixa você falar

Antes de mostrar como sair dessa situação, é preciso explicar a diferença entre vender e apresentar algo, pois não conseguir falar tem um significado diferente em cada uma dessas situações. Quando estiver vendendo a um cliente ele começar a falar muito, pode ser uma bela oportunidade, pois saber ouvir influencia muito na decisão de compra. Nessa hora é importante fazer as perguntas certas, discutidas no briefing, dessa forma, mesmo que o cliente fale a maior parte do tempo, você terá as rédeas da conversa nas mãos.

 

Já em um momento de apresentação, é importante alinhar expectativas, explicando o que vai ser passado antes de começar e quando será a hora de conversar sobre os pontos necessários, isso trará tranquilidade e previsibilidade ao cliente, que guardará os comentários para o momento mais oportuno.

  • Cliente quer informações da concorrência

Com todos os anos de experiência que tenho como consultora, não é raro algum cliente perguntar sobre informações sigilosas da concorrência, nessa hora eu faço uso de um modelo que pode ser feito por você, leitor. Esse modelo tem começo, meio e fim, seu início se baseia em enaltecer a atuação da empresa citada, afinal se ela está sendo mencionada, provavelmente está sendo notada. 

 

Passando para a próxima parte, eu deixo claro que determinada informação é sigilosa e que não é possível passá-la sem alinhamento prévio com a empresa, e por fim, eu digo que terei o mesmo padrão de comportamento quanto à confidencialidade com ele. Caso ocorra insistência, o que faço é deixar claro que o papel de consultora visa criar estratégias próprias e sob medida, tornando desnecessária a comparação com outros negócios.

  • Convicção sobre um caminho que não é ideal

Nesse momento, fazer perguntas e ouvir o que o cliente tem a falar é primordial para que você possa então mostrar com dados, casos validados e experiência que o caminho indicado por ele não é o ideal a ser seguido. Essa argumentação não pode ser baseada em achismos, mas sim algo concreto que não gere dúvidas. Caso ele insista, vale perguntar o motivo de tamanha confiança e o que fez com que o cliente tivesse essa ideia.

  • Percepção não é coerente com a realidade

Eu mesma já fui incoerente com a realidade do meu trabalho achando que não passava credibilidade com ele, quando na verdade recebia feedbacks muito positivos sobre meus resultados e postura. 

 

Agora, quando o cliente está nessa situação, seja por conta de uma estratégia ou até mesmo a cor de um botão no site, o que me ajuda muito é relembrar que os profissionais de marketing não possuem todas as respostas, mas que eles se baseiam naquilo que os usuários, compradores e seguidores gostam, é a partir do público que testamos e validamos.

 

Outra dica para essa saia justa é contar com ajuda de métricas e estudos prévios para mostrar que a realidade é diferente da percepção, dessa forma os clientes finalmente entenderão como a situação realmente está. 

  • Sócios ou envolvidos não concordam entre si

É normal querermos evitar esse tipo de situação porque discordâncias geram desconforto, mas não há resultados extraordinários sem esses embates, é o famoso “o que não incomoda, acomoda”. Quando esse tipo de situação ocorre, tirar o ego da situação é o primeiro passo para criar um ambiente sem alguém denominado o dono da razão. Todos precisam entender que é necessário correr riscos calculados e que todos podem errar.

 

Se a situação piorar e resultar numa briga, você, como participante de fora da empresa, pode sugerir uma pausa para todos voltarem a conversar apenas quando estiverem mais calmos. Nesse momento é importante relembrar que existem pontos divergentes, mas que com estratégia será possível alcançar o caminho. Também procure trazer à tona um ponto em que todos concordam, mesmo que seja apenas uma parte do processo, para assim tirar o foco do conflito e ter um novo ponto de partida para discutir o rumo da reunião.

 

Essas são apenas algumas situações constrangedoras que acontecem diariamente no mundo dos negócios. Como seres humanos, somos complexos e as saias justas muitas vezes são inevitáveis, mas veja que para cada uma delas há uma solução ética, profissional e respeitosa.

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