Filme do Mc Donald’s Fome de Poder – Lições de Marketing

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Oi, pessoal! No post de hoje vou comentar as lições de Marketing do filme FOME DE PODER, que narra a história real da criação do Mc Donald’s, sua estratégia empresarial e a história de seu “fundador” – Ray Kroc. Tem no Netflix! O filme é cheio de sacadas de Marketing! Vem comigo e se joga!

Se preferir, confira o vídeo na íntegra lá no fim desse post, diretamente do meu canal no Youtube.

1. CONHEÇA O SEU PÚBLICO

O público alvo do Mc Donald’s são as famílias. Mas as ofertas existentes antes da sua criação eram primordialmente drive-ins, locais de festa e bagunça, frequentados por jovens. A rede de fast food soube entender que seu público era diferente e focou em um produto mais adequado e um ambiente familiar, com bancos e locais para sentar. EssE era o DIFERENCIAL!

Em outro momento do filme, essa adequação de público aparece também para os franqueados – outro público de interesse. Endinheirados da cidade não cuidavam das franquias com o esmero que Ray Kroc esperava e isso era péssimo para a marca. Ao  franquear para casais que faziam do restaurante sua “segunda casa”, trabalhavam juntos e cuidavam dos mínimos detalhes, o Mc Donalds tinha melhores resultados. Saber quem é o seu público e adequar sua oferta para ele é chave para ter um diferencial!

 

2. TENHA UM PRODUTO PRIMOROSO

O filme mostra o trabalho incansável dos irmãos Mc Donald’s para encontrar o processo perfeito para a cozinha, rapidez no atendimento e até o número de fatias de picles que cada hambúrguer deveria ter – um esmero sem fim com o produto! Mesmo quem não tem um centavo para investir em Marketing consegue construir marca e reputação com um bom produto percebido (pelo seu cliente, não por você mesmo!) e processos primorosos. Quem é excelente é lembrado, recomendado e dificilmente esquecido! 

 

3. VENDER NÃO É O MESMO QUE LUCRAR

Essa lição parece óbvia, mas na prática ela pega muitos de nós. É que faturar não significa lucrar e muitas vezes temos excelentes resultados de vendas e mesmo assim não sobra (ou falta!) no final do mês. Isso se dá por não respeitarmos as margens de lucro, seja por estarmos com gastos elevados ou por alguma prática muito agressiva de promoção baseada em descontos. Não foi diferente com Ray Kroc, nosso protagonista. O Mc Donald’s já ia bem, abria novas franquias, vendia como nunca. Mas a marca devia ao banco e não conseguia pagar os empréstimos. As margens de lucro da venda de hambúrguer não cobriam os investimentos que estavam sendo realizados, havia “descasamento” de fluxo de caixa e a estratégia de vendas não estava alinhada com as necessidades financeiras da empresa. Quem nunca? Não basta vender mais, é preciso vender melhor!

 

4. SAIBA QUAL É O SEU NEGÓCIO

O momento de ouro do filme! Super romantizado, como se fosse um passe de mágica, mas me fez pensar muito! Ray Kroc encontra um consultor, Harry Sonneborn, e com ele chega a conclusão que o Mc Donald’s não está no ramo de alimentação e sim, no ramo imobiliário! É tudo sobre a localização de cada loja. A sacada é ser dono dos pontos de venda, usa-los como garantias bancárias para financiar o crescimento das franquias e ter os imóveis no patrimônio da empresa. Esse é um exercício para todos nós, verdadeiras perguntas mágicas: O que eu verdadeiramente vendo e qual a estratégia que vai garantir a minha consolidação?

 

5. DÊ IMPORTÂNCIA À CONSTRUÇÃO DA MARCA

Ray Kroc afirma que ao ver os arcos dourados do Mc Donald’s enxergou ali uma nova igreja – e que não abriria somente aos domingos. Ele considerava o nome “Mc Donald’s” um símbolo da cultura americana, o cerne de um estilo de vida. Branding (construção de marca) é caro, leva tempo, demanda investimento em Comunicação e é tarefa das mais complexas! Qual o símbolo da nossa estratégia de branding? Ela vai além de um logotipo? Não subestime o poder de uma marca!

 

6. SEJA VOCÊ MESMO E SEJA COERENTE AO SEU ESTILO

Ray Kroc é bem Darth Vader. Ele vai pro lado negro da força e lá permanece, fiel ao seu estilo, às suas metas, àquilo que acredita, uma determinação cega. Eu fiquei bem tentada a critica-lo sem dó nem piedade, talvez por ter valores diferentes e crenças contrárias. Mas também ouvi colegas comentando sobre tudo que construiu, um legado, uma história de superação, etc. Eles também tinham razão… Me dei conta que, em um momento em que há fórmulas para tudo e polaridade de opiniões, só nos resta ser quem somos e respeitar isso, agindo com ética e coerência – à luz do nosso estilo próprio. Se ele está certo ou errado, é feliz ou triste, é tudo perspectiva. E o que é sucesso para mim? Estou alinhada com isso ou lutando para me adequar à uma realidade que não me representa? Permitir-se escolher e a partir dessa escolha bancar ser quem é!

 

E você, o que achou do filme? Conte nos comentários! Até a próxima! :)