Agora que já sabemos como avaliar um site através de atributos intangíveis, é hora de entender como funciona uma avaliação através de atributos técnicos. Hoje vamos falar sobre Arquitetura da Informação e Web Design. Mãos à obra!
Leia na íntegra:
Como avaliar um site parte III
.
Acessibilidade
Sistemas que provêm acessibilidade são plataformas que permitem que todos usufruam dos recursos oferecidos. Pode ser um leitor para deficientes visuais ou um site mobile para quem tem tablet ou celular poder ter uma experiência bacana ao navegar.
Na Internet, o termo acessibilidade tem tudo a ver com a W3C (world wide web consortium), um consórcio com mais de 300 organizações que visam regulamentar as boas práticas e padrões, inclusive de código (HTML, XHTML, CSS, DOM, etc), para o desevolvimento web.
Pensar em acessibilidade é mais do que pensar em “acesso aos cegos”, afinal, os motores de busca também são “cegos” e para otimizar sua presença digital para SEO você precisa pensar nisso!
Para validar o site para estes padrões acesse: http://validator.w3.org e avalie os erros encontrados.
Qualidade do Código
A validação do site pelas recomendações da W3C é muito importante para garantir a qualidade do desenvolvimento de um site.
A linguagem de marcação (HTML, XHTML, XML) e a linguagem de estilo (CSS) tem como objetivo organizar e diagramar o conteúdo das páginas da Internet, exibindo o site para o usuário. Cada uma dessas linguagens possui suas “palavras” e “significados” – tags que possibilitam o entendimento das páginas pelos motores de busca e navegadores – e que compõe o código semântico.
Infelizmente, muitas agências e produtoras web não empregam a forma semântica de usar tags e atributos e acabam desenvolvendo sites repletos de “gambiarras”, formas mais rápidas e baratas de entregar desenvolvimento web. Exemplos mais comuns:
- Sites desenvolvidos inteiramente como tabelas (que na forma semântica devem ser usadas apenas para dados tabulares),
- Páginas inteiras que são apenas tags <iframe> apontando conteúdo de outra página sem qualquer desenvolvimento (que na forma semântica são usados para fazer “embed” de vídeos do Youtube, por exemplo),
- Sites desenvolvidos inteiramente em flash – impossíveis de serem lidos pelos motores de busca e que impedem o compartilhamento de conteúdo.
Usabilidade
Usabilidade é toda uma ciência que estuda a facilidade de usar um determinado objeto ou ferramenta. Quando falamos de um site: é necessário avaliar o fluxo de navegação (onde você clica para ir a uma determinada seção), os menus, nomenclaturas, ícones e lembrar da máxima de um dos papas da usabilidade, Steve Krug: “Não me faça pensar!“.
- As ações devem ser intuitivas. É terrível quando alguém “tem uma sacada brilhante” e muda uma convenção (Ex: o carrinho de compras de um e-commerce) só para ser diferente.
- Na web, o óbvio é o que deve ser feito.
- Usabilidade é pensar em arquitetura da informação – nosso próximo tópico – e organizar o conteúdo de forma amigável.
- Evite o esforço desnecessário do usuário em cliques (menos é mais) e use cross contents (conteúdo cruzado) relevante.
Sei que é clichê, mas beleza não põe mesa! Site não tem que ser só bonito, tem que gerar conversão e trazer dinheiro pro seu bolso. Não comprometa o resultado por algo que pareça bonitinho, como fontes lindas que na verdade são imagens e impedem o “copiar” e “colar” na hora de compartilhar. Para saber mais, recomendo o site do “Jedi” da usabilidade, Jakob Nielsen, e o Usabilidoido – um blog divertido e útil sobre o tema.
Arquitetura da Informação e Web Design
A arquitetura da Informação é a diagramação de uma presença digital dentro dos preceitos da Usabilidade. Infelizmente, pouca gente dá bola pra ela, por achar que “é só ir montando o site”.
Na hora de avaliar uma agência ou produtora, seja criterioso nesse item e reforce que é um pré-requisito para o desenvolvimento.
Existem avaliações super técnicas baseadas nos objetivos do usuário e micro processos que orientam o desenvolvimento de uma arquitetura eficiente, como a análise heurística e os testes A/B e também os focus groups, que usam fragmentos de público alvo para definir o que vai onde e porquê.
Falando exclusivamente deste tópico, o site da Dermablend é um exemplo de site com muito conteúdo e múltiplas seções no qual é possível se encontrar e ter uma boa experiência.
O web design dará vida ao projeto, propiciando o que é conhecido como experiência do usuário. É interessante notar como a cultura de cada país costuma influenciar esse quesito: americanos adoram sites com visual mais poluído, repleto de conteúdo. Os brasileiros já são mais sensíveis ao layout e gostam de sites que sejam esteticamente agradáveis.
Para ajuda-los a entender mais:
Foto de capa por Galymzhan Abdugalimov