Neste post estão reunidas as mais recentes informações sobre o panorama atual do varejo digital no Brasil. Cada dado é comentado e explicado, para que possa ser adequado à sua realidade como gerente de e-commerce ou à realidade da sua empresa. Boa leitura!
Entendendo o cenário brasileiro de e-commerce:
– Em 2012, 10 milhões de pessoas fizeram sua primeira compra pela Internet: Somos 83,5 milhões de internautas no Brasil, amadurecendo nossa fluência web diariamente. Para auxiliar seu cliente, invista nos passos que ajudem a evoluir naturalmente essa maturidade: permita comparar produtos e preços, facilite as buscas e a encontrabilidade, permita downloads e deixe opções de contato visíveis.
– Na hora de pagar, 73% dos clientes preferem cartão de crédito, mas 18% desses clientes optarão por pagar via boleto bancário: O boleto é uma invenção brasileira, como consumidores, confiamos nessa opção. Caso você seja varejista, preocupe-se com este ponto. Enquanto o cliente não paga o boleto, o produto fica “reservado” e deixa de ser adquirido por outros clientes, o que dói ainda mais se aquele cliente desistir e não pagar o boleto que gerou.
– O ticket médio das operações de varejistas na Internet é de 345 reais. Em 2013, deverá alcançar a casa dos 350 reais: Ticket médio é um índice gerado a partir da divisão do total do seu faturamento pelo número de clientes. Logo você saberá quanto, em média, cada cliente compra. As passagens aéreas não entram nesse cálculo já que não necessitam de logística para serem entregues, ficando em outra categoria para não deixar a métrica inconsistente. Esse dado prova que engana-se quem pensa que, por medo, o cliente gasta pouco em cada compra!
– Do montante total do varejo brasileiro, o e-commerce representa apenas 3%. Na Inglaterra, representa 11%. Infelizmente, apenas 30% dos consumidores digitais voltam a comprar em uma loja após a sua primeira compra: Sim, temos muito o que crescer quando comparados com mercados mais comsolidados em e-commerce. O Brasil é a grande promessa do varejo eletrônico mundial. Infelizmente, os processos gerenciais e operacionais não acompanham a euforia do mercado. Apesar de todos os nossos dados estarem em sistemas e de, teoricamente, a loja entender nossos gostos e preferências baseados em dados de navegação, essa informação é geralmente deixada de lado. Quantos de nós recebemos e-mail marketing com produtos que nunca nos interessaram?
– Ranking: O primeiro colocado em volume de pedidos através da Internet é o setor de Eletrodomésticos com 12,4%, seguido pelo setor de Moda e Acessórios, com 12,2% do volume de pedidos. Em terceiro lugar está a área de Saúde, Beleza e Medicamentos, com 12%.
– As maiores dificuldades do varejista digital no Brasil são, nessa ordem: vender, legislação, logística e margens/custos: Apesar do otimismo inicial ao olharmos para os dados de mercado, a maior dificuldade de uma loja virtual ainda é, simplesmente, vender. Não podemos acreditar que só por termos milhões de internautas, todos estarão se aglomerando em nosso e-commerce. O esforço de mídia prova isso, em um exemplo citado por Vivi Vilela (E-commerce Brasil): para que a Ramarim venda um sapato através de sua loja virtual serão necessários R$105,00 de investimento em links patrocinados.
Para quem quiser acessar mais detalhadamente a todos esses dados citados ao longo do post, recomendo a leitura completa do material da Vivi Vilela. Todas as informações são super atuais e apresentadas de um modo didático e objetivo.
A autora do post, consultora de Marketing Digital para e-commerce, comenta algumas das tendências apresentadas acima em uma entrevista, que também contou com a participação da expert Taísa Bornhofen, diretora da Posthaus.com:
Foto de capa por Agustín Diaz