Antídoto para o algoritmo | Dupliquei meu alcance no Instagram
Seu engajamento caiu? O alcance também? Falaremos sobre dois antídotos infalíveis para você sair dessa situação. Eu tenho um conteúdo completo para você entender como o algoritmo funciona e ele já possui muitas dicas para que seja possível caminhar no mesmo sentido que ele. Ele foi feito a partir do comunicado do próprio Instagram, então são informações relevantes.
O Instagram utiliza um algoritmo que funciona com aprendizado em máquina, isso significa que ele aprende a partir das ações dos usuários, portanto, quando caminhamos a favor do algoritmo, também caminhamos a favor daquilo que as pessoas mais querem ver.
Enquanto for falado dos antídotos a seguir, também comentarei sobre minha experiência nessa área, porque muitas vezes planejei e publiquei conteúdos que achei que iriam performar bem e não deram certo e outras vezes eu resgatava esse conteúdo sob uma nova perspectiva e então ele funcionava. O contrário também aconteceu, com conteúdos que eu não acreditava, mas acabaram viralizando. Eu reuni esses testes da vida real e formei esses dois antídotos/estratégias para você aplicar de forma prática:
- Interação
Você deve tê-la como foco do seu conteúdo, pois o engajamento, ou seja, comentários, curtidas e compartilhamentos, são essenciais para o algoritmo. Eles significam que as pessoas querem interagir com o conteúdo. Não se trata apenas do engajamento, há outros fatores que influenciam o algoritmo e isso eu mostro no meu curso Instagram para Marcas. Neste conteúdo o foco será em dois fatores muito relevantes, sendo o primeiro deles a interação.
- A primeira coisa que se deve fazer quanto a interação é pegar um problema que você tem, algo que sinta na pele e que todos ou boa parte das pessoas que te acompanham também sintam. Um exemplo meu é a vergonha e o medo de aparecer em vídeos, que é algo que muitos dos meus seguidores possuem, porque muitos deles são profissionais e marcas que estão inseridos no mundo digital e às vezes por conta da insegurança acabam procrastinando e não publicando. Sendo assim, eu escolho esse problema e sigo para o próximo passo desse antídoto.
- Após escolher esse problema irei contar que eu também tenho a mesma dificuldade, gerando identificação com o público. Eu utilizo dois modelos para aplicar essa técnica, sendo o primeiro deles onde você diz que está passando por esse problema e relata de forma bem pessoal o que você sente, como é conviver com isso, transformando em um desabafo. Independente de vídeo ou imagens, você deve focar no seu conteúdo, para que ele gere identificação com o seu público e mostrar que você também enfrenta problemas em comum.
- No segundo modelo você pode trazer uma imagem ou carrossel sobre como você se sente e no final desta publicação você irá perguntar se as pessoas também se sentem de tal forma ou se elas possuem uma dica, já são duas formas interessantes de finalizar a publicação trazendo interação.
- Um modelo extra seria contar um pedaço dessa história e compartilhar as dicas que você vem aplicando, mesmo que ainda não tenha obtido sucesso total. Quando eu apresentei o que eu fiz para superar o medo de aparecer em vídeos, ainda estava no processo de superação, mas isso já me ajudou e cito isso justamente para que você não ache que para gerar engajamento você terá que solucionar todos os problemas. Desse jeito você tem algumas maneiras para trazer à tona esse antídoto, de um lado simplesmente gerando identificação e do outro apresentando como você fez ou vem fazendo para solucionar esse problema, mesmo que sejam poucas dicas ou até mesmo uma ação que tenha ajudado.
Um jeito ótimo para aplicar esse antídoto é utilizar os Stories, isso porque é o formato preferido da audiência, cerca de 40% das pessoas afirmam que gostariam que marcas e profissionais publicassem mais através deles. Por lá você pode abordar o assunto de muitas formas, como um simples vídeo sem falar nada com uma música de fundo e no meu caso escrito, “morro de vergonha de aparecer por aqui”. Dessa maneira foi trazido o problema e a possível identificação do público que também tem esse mesmo problema.
A seguir você pode deixar uma sequência de enquetes, onde é permitido que as pessoas votem na opção que se identificam, sendo um modo para computar engajamento, pois sempre que alguém vota, uma interação acontece, e isso é uma métrica de engajamento. Sendo assim, uma sequência de três Stories funciona bem, com perguntas relacionadas a esse problema. No exemplo que citei, poderia perguntar se as pessoas têm também esse medo de aparecer, se já tiveram uma ideia boa e deixaram de executar por vergonha, entre outras perguntas similares. Após essa sequência feita, você finaliza com uma caixa de perguntas, pedindo dicas ou relatos. Dessa maneira você mostrará que quer conversar e saber o lado das pessoas e elas irão adorar compartilhar, tanto para ajudar como para participar da conversa.
Na hora de responder esses comentários feitos pelo público, eu nem sempre gravo vídeos, apenas uma foto ou boomerang basta para gerar interação e é um jeito infalível porque as pessoas veem as respostas e começam a voltar os Stories, querendo participar das enquetes para deixar seu próprio desabafo ou entender a conversa. Esse comportamento traz uma retenção maior ao conteúdo, pois as pessoas deixam de pular para o próximo Story e passam a ficar mais tempo interagindo com ele, ou seja, engajando de verdade.
- Posicionamento
Muitos me dizem que se posicionaram, contaram suas histórias, mas não deu certo, o motivo pode ser pela história ter sido rasa, se posicionou, mas não completamente. É como se fosse para academia todos os dias, mas ao chegar, ficasse conversando e não treinando, ou seja, a frequência não significa que terá bons resultados. É necessário realmente trazer uma história de identificação.
Para se posicionar você pode utilizar os modelos do antídoto anterior, pegando algo que sabe que as pessoas sentem. Se o seu público for de mães, por exemplo, busque entender o que elas sentem, qual a situação que todas podem passar e se identificam, podendo ser experiências, perguntas sobre primeiros filhos etc. O objetivo é buscar identificação. Um teste simples que eu fiz foi compartilhar uma foto de um corretivo da Mac que acabou caindo no chão sendo que mal tinha sido usado, um tema que não é nada profundo, mas que gerou muita identificação com várias pessoas dizendo que já passaram por algo parecido ou dando dicas e coisas do gênero, isso ajudou demais meus resultados com o algoritmo, principalmente nos Stories.
Além de histórias pessoais, você pode trazer seus valores, aquilo em que você acredita. Eu costumo trazer esse tema especialmente aos domingos, por ser um dia de engajamento menor, para mostrar que acredito no digital descomplicado, que é feito com leveza e conto isso através de histórias do passado, com coisas que formam meus valores e fazem uma ponte com a minha vida profissional. Se você for um médico que ama esporte, entender e compartilhar o que isso te ensinou para sua profissão traz engajamento e identificação de modo profissional sem haver necessidade de expor sua vida por completo. Nenhum algoritmo pode barrar a força do bom posicionamento, de ser quem somos de verdade.
- Dica bônus: rituais
São aqueles momentos da vida real que uso como marcos da minha história, momentos marcantes do meu storytelling nos Stories, sem ficar um conteúdo misturado. Na parte da manhã, começo mostrando a roupa que utilizarei no dia, após isso o momento do café e depois respondo as perguntas dos meus seguidores. Eu procuro construir uma rotina que as pessoas percebam e saibam qual o momento de interagir comigo.
Esses são alguns exemplos que eu aplico na minha estratégia, mas tenho certeza de que você, na sua empresa, no seu dia a dia, tem rituais que podem criar essas narrativas que serão verdadeiros antídotos para potencializar seus resultados.