O Instagram é a ferramenta visual que mudou a forma como nos conectamos e nos expressamos. Nesse universo digital tão inovador e importante para as empresas, quais perfis elas devem seguir e por quais motivos? Se joga!
A relação entre branding e a decisão de quem seguir:
Branding não é apenas uma logo ou slogan, é a alma e voz de uma marca. Nas redes sociais, essa voz determina como a marca interage e com quem. Se estamos falando de um relacionamento, saber com quem nos relacionamos é essencial.
Mas, com tantas escolhas, como as marcas decidem? Vamos descobrir.
A presença diversificada no Instagram:
O Instagram é uma vitrine, e através dela as marcas podem se conectar com clientes, parceiros e colaboradores. Por isso, entender qual público seguir é essencial. As marcas devem pensar em quem impacta sua jornada e quem é relevante para seus objetivos. Para entender como funciona na prática, podemos citar empresas reais e como elas definem quem devem seguir no Instagram.
Exemplos práticos de grandes marcas:
Bauducco:
Com seus 400.000 seguidores, a Bauducco segue apenas 15 perfis. O que leva uma marca como Bauducco a limitar tanto suas conexões?
Dentre os perfis que a Bauducco segue, muitos são unidades da própria marca em outros países. Isso comunica uma mensagem implícita: “Eu não sigo, eu sou seguido.” Esse é um posicionamento que remete aos arquétipos de marca – modelos simbólicos que as marcas adotam para comunicar sua identidade e valores ao público.
O arquétipo que a Bauducco parece evocar com essa atitude é o do pioneiro, do inovador, da figura que não teme riscos e que se destaca em sua categoria. Esse tipo de posicionamento é corajoso e pode se alinhar a marcas que desejam se estabelecer como líderes e referências em seu segmento.
No entanto, é importante lembrar que a percepção de marca é altamente subjetiva. Para muitos, a Bauducco é sinônimo de momentos em família, de celebrações e de memórias ligadas à comida e ao carinho. O posicionamento de “liderança” adotado no Instagram pode causar estranhamento para aqueles que associam a marca a essas emoções mais calorosas e familiares.
O Boticário:
Já O Boticário, com mais de 10 milhões de seguidores, segue 1.700 perfis, incluindo lojas filiais, influenciadores e parceiros, mostrando uma abordagem mais inclusiva. É um indicativo de sua busca pela proximidade e interação com seu público, focando na humanização da marca.
Este comportamento nas redes sociais parece ressoar com o arquétipo de “conector” ou “alquimista”. O Boticário não se posiciona apenas como um líder ou pioneiro, mas como um entusiasta da beleza em todas as suas formas e manifestações. Seguir uma gama diversificada de perfis sugere que a marca deseja estar em sintonia com diferentes públicos, estilos de vida e histórias.
Nike:
Com mais de 300 milhões de seguidores, a Nike segue apenas 150 perfis, mostrando foco em pioneirismo e inovação.
Mundialmente reconhecida por seus produtos esportivos, A Nike é mais do que apenas uma marca de tênis e roupas. Ela é um símbolo de inspiração, performance e inovação. No mundo das redes sociais, especificamente no Instagram, sua postura revela nuances adicionais sobre sua estratégia de branding.
Ao analisar quem a Nike escolheu seguir, percebemos uma ênfase em atletas, organizações esportivas e iniciativas que ressoam com o lema da marca: “Just Do It”. A marca se posiciona como impulsionadora de desafios, superação e conquistas. Ao seguir atletas, desde os mais renomados até os emergentes, a Nike reforça seu compromisso com o esporte em todos os níveis.
Essa decisão de seguir perfis específicos transmite uma mensagem clara: a Nike não é apenas uma espectadora, mas uma participante ativa na jornada esportiva de indivíduos ao redor do mundo. Eles não estão apenas vendendo produtos; eles estão vendendo um ideal, uma mentalidade.
O perigo de estratégias não autênticas e “limpa” de seguidores:
É muito comum ver marcas que passam a seguir ou deixam de seguir centenas de perfis num curto espaço de tempo. Essa estratégia pode trazer clientes desalinhados com a marca, sendo às vezes quase tão ineficiente quanto comprar seguidores, além de parecer tão suspeita quanto. Essas ações que não parecem autênticas podem ocasionar no shadowban do perfil.
Conectar-se no Instagram é uma mistura sutil entre estratégia e autenticidade, tornando necessário que cada marca analise qual imagem quer passar com o número de seguidores e quais são os perfis que devem ser seguidos. Não existe um número mágico, mas sim aquilo que torna a marca quem ela é, sob a visão de seus consumidores.