Dicas para recrutar o Analista de Mídias Sociais dos seus sonhos!

Toda empresa – em especial as  pequenas – buscam talentos para facilitar a vida do Departamento de Marketing. Empresas menores não podem se dar ao luxo de contar com gerentes específicos para cada área do […]

Toda empresa – em especial as  pequenas – buscam talentos para facilitar a vida do Departamento de Marketing. Empresas menores não podem se dar ao luxo de contar com gerentes específicos para cada área do mix mercadológico e as ações acabam sendo estruturadas em conjunto, conforme é possível e viável.

Já trouxe dicas sobre a estruturação de um time focado em mídias sociais e hoje vou falar sobre o recrutamento de estagiários e analistas de Marketing – indispensáveis em tempos de social media. Li um artigo muito bacana sobre o tema no blog da Hubspot e esse post é uma adaptação das sugestões para a realidade do mercado brasileiro.

Antes de anunciar vagas:

Sua empresa com certeza precisa de um analista, mas ela só deve contratar um se:

  • A equipe tem tempo para ensinar e treinar
  • Os líderes pretendem manter o novo talento a longo prazo
  • A organização permitir que o estagiário se ausente para fazer cursos e participar de programas de capacitação fora da empresa

Erros mais comuns:

  • Contratar um estagiário porque o diretor se sente atolado de trabalho;
  • Anunciar vagas de estágio sem que o restante do time fique sabendo;
  • Não ter objetivos e metas para o programa de estágio – a síndrome do “conforme forem aparecendo problemas, você vai aprendendo”. Fuja dessa!

Como definir atividades:

O analista/estagiário tem um papel bastante tático dentro de uma organização, é a pessoa que põe a mão na massa. Porém, essa história de só executar não existe! Se você está do outro lado da mesa, saiba que terá que pensar – e muito! Trazer ideias sempre, sugerir estratégias e não desistir, mesmo depois de alguns nãos.

Trabalhar com mídias sociais não significa que o trabalho do analista começa e termina no Facebook. Ele precisa estar conectado às tendências, buscar conhecimento técnico (estudar web e social media) e compreender os objetivos da empresa como um todo – sejam online ou offline.

Contar com uma relação de atividades a serem desempenhadas é essencial na hora de contratar. Sem essa visão do todo, fica impossível traçar objetivos e mensurar o desempenho do novo membro do time.

Algumas atividades do dia a dia do analista de mídias sociais:

  • Redação de textos
  • Triagem das interações em possíveis crises
  • Resposta para dúvidas e menções nas mídias sociais da empresa
  • Criação e manutenção de perfis
  • Execução tática de promoções (sorteios, concursos, etc.)
  • Monitoramento da marca nas mídias sociais através de softwares
  • Trabalhos com imagens que sejam mais simples (edições, adaptações, etc.)

Características desejadas em um analista de mídias sociais:

Não existe uma receita de bolo para o estagiário perfeito, mas algumas características são essenciais para quem quer trabalhar com qualquer vertente de Marketing Interativo. Dentre as características intangíveis, as principais são: curiosidade, pró atividade e relacionamento. Mídias sociais são baseadas em trocas de informação. Um analista conecta múltiplos departamentos, é ele que terá que buscar as respostas corretas e intermediar interesses nem sempre convergentes entre os setores. Se você odeia se relacionar/conversar/escutar, repense seu desejo de trabalhar na área!

Na parte técnica, as características desejadas são bem mais específicas:

  1. Conhecimento de gramática, ortografia e sintaxe: nada é pior do que erro de português na presença digital de uma marca. Revisar todos os textos antes da publicação por medo de encontrar algum assassinato à Língua Portuguesa é impraticável. Fique de olho na qualidade da escrita do candidato.
  2. Habilidades avançadas de redação: não basta escrever corretamente, é preciso escrever bem! Conseguir contar uma história, estruturar uma narrativa envolvente, ir direto ao ponto… Existem dicas que auxiliam o web writing e a adequação de textos em diferentes mídias sociais, um conhecimento que o analista deve dominar.
  3. Presença digital do candidato: é difícil confiar em quem fala mas não faz. Por isso, o candidato ideal mantém atualizadas suas redes sociais de forma consistente. Quem mantém um blog ganha pontos, porque é o tipo de projeto pessoal que exige disciplina, comprometimento e que dá vivência sobre estratégia de conteúdo na web. Estagiários, criem um bom perfil no Linkedin! Essa é a rede social de quem tem carreira – e não emprego – e lá estão discussões que não acontecem em outras mídias.
  4. Comportamento em mídias sociais: sem hipocrisias, somos todos avaliados em redes sociais. O que publicamos, comentamos e curtimos diz muito sobre nossa índole e sobre nossa maneira de encarar os limites entre o domínio público e o privado. Candidatos extremamente conectados, que saem compartilhando informações como se não houvesse amanhã costumam ser problemáticos – baixa capacidade de concentração são inimigos dos analistas de forma geral. Síndrome do “over-sharing”, piadinhas de mal gosto, racismo, preconceito e linguagem de baixo calão jogam contra um candidato – para qualquer vaga.
  5. Capacidade de análise: perfis analíticos tendem a sair-se bem em cargos que envolvam mídias sociais, especialmente devido à necessidade de monitorar a marca em meios digitais. A habilidade de analisar e a visão do todo são diferenciais para o estagiário 2.0.

Como estruturar a entrevista:

A melhor entrevista é dividida em duas etapas. Na primeira, uma conversa informal quebra o gelo entre a empresa e o candidato. São solucionadas dúvidas de ambos os lados, o recrutador explica as atividades que serão desempenhadas e o objetivo da empresa com aquela vaga.

Acho bacana que o tom seja de conversa e não de interrogatório, fica mais fácil perceber os comportamentos do candidato, como a curiosidade e a capacidade de relacionamento interpessoal. Ao fazer muito terrorismo e fulminar o estagiário com perguntas, o resultado será um só: medo. Quem tem medo fica nervoso, quem fica nervoso erra. A entrevista não existe pro ego do recrutador, existe para que se possa entender se o candidato se encaixa naquilo que a empresa busca.

Caso o analista em potencial possua perfil e competências emocionais condizentes com a vaga e estilo da empresa, ele poderá passar para a segunda etapa da entrevista: o teste prático. Confiar somente na conversa informal é muito arriscado, um estagiário precisa saber o que está fazendo.

Crie um caso prático e estipule um tempo para que o candidato resolva, como se fosse uma prova.

Sugestões de casos práticos:

  1. Problema de Marketing
  2. Briefing com objetivo para campanha
  3. Post pro blog institucional (aqui vale fornecer material para averiguar o aproveitamento de fontes externas);
  4. Questionário que avalie a visão do analista, quanto às oportunidades e ameaças de uma estratégia em mídias sociais para a empresa
  5. Conceituar uma crise fictícia em mídias sociais e questionar sobre as condutas que poderiam ser adotadas.

Onde encontrar candidatos:

Agora você já sabe o que procurar em um analista. Mas, onde eles se escondem?

Nas boas universidades! Tenha uma instituição de ensino como sua parceira nessa busca. Procure a coordenação dos cursos desejados, converse, explique seu objetivo e peça para que a vaga seja enviada aos alunos através da lista de e-mail interna. Cartazes, editais e boca a boca ajudam, mas o melhor é contar com pessoas chave dentro da instituição, que fazem a notícia circular com o impacto merecido.

Alguns cursos são especialmente bons como fonte de talentos para atuar com mídias sociais: Comunicação Social, Marketing, Jornalismo, Relações Públicas e Publicidade & Propaganda.

Empresas com atuações mais técnicas, como design, economia e engenharia contratam estudantes dessas áreas com competências complementares para atuar em mídias sociais. Acho essa uma estratégia fantástica! Esse analista não será um peixe fora d’água no escritório e a polivalência auxilia o dia a dia em empresas com rotinas mais específicas.

Parceiros verticais ajudam muito no processo! Bons exemplos: Seção Jovens da Cia de Talentos e a ferramenta focada no Twitter Social Vagas. Se a sua empresa já conta com presença digital e um dos objetivos para mídias sociais for a atração e retenção de talentos, use os canais oficiais para divulgação. Isso mostra que a empresa está engajada em fazer uso estratégico das ferramentas que possui.

Remuneração:

A remuneração para o cargo de analista de Marketing varia bastante, dependendo da região, maturidade do mercado e porte da empresa. Para equipes pequenas e médias, o salário varia entre R$600,00 e R$2.500,00 – podendo haver benefícios extras. As variáveis: nível de conhecimento técnico, já ter concluído a graduação, potencial para desenvolver estratégias e as habilidades múltiplas (Ex: o candidato consegue ser alocado em diversas funções sem perder qualidade – tem conhecimento de photoshop, redação e excel).

Paciência é ingrediente essencial para a busca de estagiários e analistas! Não deixe para em cima da hora, planeje essa etapa, garantindo que você terá tempo para procurar por um bom profissional. Boa sorte! :)

Sua empresa precisa de auxílio para maximizar resultados em redes sociais? Entre em contato com Camila Renaux Consultoria em Marketing Digital!

Foto de capa por rawpixel.com

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