Crowdsourcing e Inteligência Coletiva – o que é isso?

Para falar de crowdsourcing, é preciso primeiro falar de inteligência coletiva.  Um modelo social  no qual o conhecimento é distribuído por toda a parte e coordenado em tempo real para gerar ganho mútuo das pessoas. […]

Para falar de crowdsourcing, é preciso primeiro falar de inteligência coletiva.  Um modelo social  no qual o conhecimento é distribuído por toda a parte e coordenado em tempo real para gerar ganho mútuo das pessoas. Filosófico demais? Mas você já viu isso antes! Sim, estamos falando dela: Wikipedia e seus mais de 17 milhões de artigos, uma rede colaborativa de conhecimento, 24/7, real time.

Compreendido o modelo conceitual e social, vamos falar das aplicações. O crowsdsourcing pode ser traduzido como um brainstorm da multidão, um modelo de produção que utiliza a inteligência e os conhecimentos coletivos e voluntários para resolver problemas, criar conteúdo, soluções ou desenvolver novas tecnologias. Isso sempre existiu, desde os tempos em que os gregos se reuniam em mercados públicos para debater sobre a sociedade, criando leis. Mas fica difícil desvincular o conceito da web. A razão de existir da Internet é a mesma (Em 1989, Tim Berners-Lee propôs um projeto de arquivo que permitia às pessoas trabalhar em conjunto, combinando o seu conhecimento numa rede de documentos), ela encurta distâncias, aproxima pessoas e permite que a informação seja disseminada.

A hora que a brincadeira fica divertida para o pessoal de Marketing, é quando as marcas entram na roda!

A Fiat criou um crowdsourcing  no formato de rede social para seus consumidores poderem opinar e projetar um novo carro conceito. É o envolvimento total dos consumidores, que postavam ideias e sugestões, recebiam feedback e compartilhavam comentários. O nome do projeto é Fiat Mio e ele deu tão certo que o carro  foi produzido e lançado no último salão do automóvel. Isso é inovação colaborativa! Custo? Apenas o de mudar o paradigma e permitir acesso às informações. Sai a era do desenvolvimento de produto guardado à sete chaves, entra em cena a era da inteligência coletiva!

A inovação aberta também é usada pela Starbucks, na plataforma My Starbucks Ideia, onde os consumidores postam ideias sobre a marca, em especial sobre produtos, e os mais votados são implementados. Uma das sugestões mais votadas é uma bebida com leite de soja, mas que não contenha açúcar. Pesquisa de mercado para conhecer índices de diabéticos intolerantes à lactose? Seguidores do estilo de vida saudável? Nada! Crowsdourcing. Apenas crowsdourcing.

Para fechar este post, quero convida-los a conhecer mais dois crowsdsourcings que admiro – Tecnisa Ideias e Dell Idea Storm – e compartilhar um conceito que embasa legalmente um crowdsourcing, o Creative Commons:

Um projeto que utiliza licenças Creative Commons é um projeto mais flexível quanto aos direitos autorais. Ao invés de “todos os direitos reservados”, como acontece em filmes e músicas, por exemplo, o Creative Commons trabalha com o conceito de “alguns direitos reservados”. O autor não é mais o único dono da ideia.

Sua marca está preparada para isso?

Foto de capa por Anna Dziubinska

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