O que sua marca pode aprender com Justin Bieber

Deixe os preconceitos de lado. Antes de falar mal de um menino de 18 anos, com um corte de cabelo nada convencional e que sempre chega acompanhado de gritos histéricos de pré adolescentes, reflita. Justin […]

Deixe os preconceitos de lado. Antes de falar mal de um menino de 18 anos, com um corte de cabelo nada convencional e que sempre chega acompanhado de gritos histéricos de pré adolescentes, reflita. Justin Bieber é um fenômeno viral e ele tem muito a ensinar para sua marca.

Tudo começou com uma mãe coruja de uma pequena cidade no Canadá que postava no Youtube vídeos de seu filho cantando. Em 2007, o empresário Scooter Braun acidentalmente assistiu um dos vídeos de Justin. Ele usou a internet para fazer buscas até conseguir entrar em contato com a mãe dele. Depois de assinar contrato com o pequeno prodígio, na época com 14 anos, Scooter conversou com o cantor Usher, que aceitou conhecer Bieber, depois de acompanhar o desempenho do menino no Youtube. Esse encontro está entre os vídeos mais vistos do canal até hoje. Justin Timberlake também estava interessado nos rendimentos que aquele canal no Youtube – já com milhares de views – podiam trazer, e a repercussão começou no showbizz americano. Ali nascia um fenômeno.

Hoje, 3% dos servidores do Twitter são dedicados ao astro e até a forma de rankear os Trending Topics foi alterada, apenas para que ele desse chance à outros assuntos mais falados. As fãs criaram a hashtag #pattiesson (o filho de Pattie, nome de sua mãe) para burlar o novo critério e coloca-lo de volta ao posto de número um dos TT mundiais. Conseguiram. Wow, show some respect!

Nada pode ser mais web 2.0 do que a história de Bieber, é puro broadcast yourself. Os profissionais de Marketing Digital sabem que 10 entre 10 marcas desejam um viral positivo para chamar de seu. Afinal, o que Justin Bieber nos ensina sobre isso?

Adeque sua oferta ao desejos da sua demanda

Justin Bieber tem um público alvo muito bem definido e também uma proposição de valor adequada aos desejos desse segmento – a geração Y.  São adolescentes e pré adolescentes com todos os anseios que essa fase permite: desejo de pertencimento à um grupo, amplo acesso à Internet e mídias sociais, identificação com a carinha de criança e com o corte de cabelo inusitado e pais com disposição para gastar dinheiro em qualquer produto que estampe o astro. Se a sua marca quer ter sucesso com um determinado público alvo, não basta entende-lo. É preciso adequar produtos e conceitos àquilo que esse público espera.

Exponha-se

Se a mãe de Justin não criasse um canal para divulgar seu filho, ele não teria dado o primeiro passo para o estrelato. Para muitos céticos, a chance de sucesso ao longo desse funil é praticamente nula, mas a verdade é que quem não é visto não é lembrado. Justin se apresentou para Usher e postou o vídeo no Youtube. E se ele houvesse fracassado? Na época seu canal já contava com milhares de assinantes! Foi um risco que ele preferiu correr ao expor sua imagem dessa maneira. A lição é a mesma para a sua empresa: mantenha investimentos em comunicação e corra riscos calculados com a imagem da sua marca.

Dê atenção aos seus clientes de forma genuína

Tá aí um dos grandes talentos de Justin Bieber. Ele responde tweets de fãs quase todos os dias! Para quem conta com mais de 18 milhões de seguidores no Twitter e 41 milhões de fãs no Facebook, essa tarefa não deve ser tão fácil. A forma de escrever nas mídias sociais e a aparente preocupação em interagir com seus fãs faz crescer o engajamento com o público, que retribui viralizando conteúdo, especialmente os de divulgação de singles e shows. Sua empresa tem o hábito de telefonar para clientes e perguntar se precisam de auxílio, se está tudo bem com o produto/serviço adquirido? Caso a resposta seja não, fica fácil entender porque sua marca não é viral. Nossa identificação com quem nos ajuda e ensina é um laço forte, que atrai advogados de marca e evangelizadores. Faça o teste!

Defina um posicionamento e mantenha-se nele

Justin tem jeito e fama de bom moço. Em muitas entrevistas, comentava sobre as regras severas de disciplina que sua mãe impunha, e contava que as respeitava sempre. Caso as notas na escola não estivessem boas, ficava de castigo, longe do celular e do computador. Esse é o posicionamento do cantor: menino obediente e apegado à mãe, que segue regras e tenta levar uma vida normal, apesar do talento e da fama. Posicionamento é aquilo que os outros pensam de você, o espaço que sua marca ocupa na mente do consumidor. Aqui vale a máxima: quem tenta agradar a todos, não consegue agradar ninguém. Defina o posicionamento de sua marca com base em seu  público e proposição de valor. Evite muda-lo ou executar ações não condizentes, a inconsistência invariavelmente leva ao fracasso.

Use capital social ao seu favor

A maior vantagem em contar com alto engajamento é poder usar capital para divulgação. Recapitulando: capital social são todas as pessoas que se relacionam com sua marca através de laços fortes ou fracos. As Beliebers são as evangelizadoras de Justin Bieber e  grandes responsáveis por fazer com que o estilo do cantor tenha virado mania ao redor do mundo. A última grande ação mobilizada pelas fãs foi a tentativa de quebrar o recorde de número de menções em mídias sociais em 24 horas, viral que ganhou as manchetes do mundo. Aqui tem um infográfico muito legal sobre a repercussão da ação no Brasil. Se a sua marca contar com um elevado capital social, poderá usufruir da geração de mídia espontânea totalmente gerada pelo público, exigindo pouco ou nenhum esforço publicitário da marca.

Os agressores existirão. Justin Bieber tem muitos desafetos, mas isso não representa nenhum risco para sua estratégia, já que seu número de evangelizadores é muito maior. Não deixe que eventuais críticas desmotivem o trabalho que está sendo construído. Para aumentar as chances de sucesso, use técnicas de planejamento e gestão de crises.

Foto de capa por Joe Bielawa

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