Como fazer um briefing

No post de hoje vou passar dicas sobre como estruturar um briefing de Marketing para a sua empresa, em um passo a passo e roteiro completo. Definição: Briefing é um resumo na forma de relatório. […]

No post de hoje vou passar dicas sobre como estruturar um briefing de Marketing para a sua empresa, em um passo a passo e roteiro completo.

Definição:

Briefing é um resumo na forma de relatório. Brifar é resumir em linhas gerais a informação que deve ser passada para orientar um fornecedor da sua empresa, na maioria das vezes, a agência de publicidade e propaganda.

Solução dos problemas:

Documente o briefing da sua empresa/marca/unidade de negócio! Mantenha todos os dados em um documento maciço, recheado de informações, e coloque o seu fornecedor para trabalhar. Acredite, a agência vai gostar muito de receber tudo isso e vai suar a camisa para mostrar um trabalho à altura da sua organização. Manter esse registro não significa que o atendimento da agência não deva brifar o job ou campanha, e sim, que você é um gestor de marketing orientado à resultados!

O que um bom briefing deve conter:

1. Um histórico da sua empresa:

Conte tudo, em forma de história mesmo. Fundação, sócios, conflitos, sucessos, cases, mudanças de rumo estratégico, fotos, número de funcionários, etc. Fale da parte subjetiva: explique sua marca, seus esforços de branding, conceito, etc.

2. Público alvo / Stakeholders:

Delimite seu público alvo de interesse, contando em detalhes tudo sobre esses segmentos e explique o benefício que a empresa entrega. Entende-se por benefício os produtos e serviços. Um dos problemas de Marketing pode ser justamente esse: sua empresa entrega só produtos, mas nenhum benefício percebido. Se isso acontece na sua empresa, já inclua aqui.

3. Pesquisas de mercado:

Todas as pesquisas de satisfação, de interesse, de tamanho de mercado e demais vertentes devem entrar nesse item. Se sua empresa monitora mídias sociais, por exemplo, os dados são mostrados aqui. Se não faz nenhum tipo de pesquisa, coloque a informação que seus vendedores trazem. Vendedor sempre traz percepção, ele depende disso. O principal é documentar. Exemplo: meus representantes comerciais do Nordeste informam que o produto X é considerado caro pelos potenciais clientes.

4. Concorrência:

Crie uma lista de concorrentes e em cada um deles, liste em tópicos o que é relevante para seu mercado. Seja assertivo e imparcial, mesmo que doa. Ninguém gosta de falar dos concorrentes e a tendência é sempre ser crítico demais com eles e benevolente com a sua empresa. As fofocas de mercado, aquelas conversas de corredor sobre os movimentos do mercado cabem muito bem por aqui. Ex: a cliente Dona Maria comentou que o concorrente XPTO faz SAC 2.0 e ela é atendida de forma muito mais ágil.

5. Benchmarking:

Nome técnico para as boas práticas dos seus concorrentes – ou empresas que você admira – que podem ser aplicadas na sua empresa. Já ouvi exemplos legais como: “Li na Exame que empresas de software fazem engenharia reversa. Acho que isso pode funcionar na minha empresa de eletrodomésticos”. Viu só? Benchmarking não tem fronteiras.

6. Informações estratégicas: 

Qual a missão e visão da empresa, qual a definição de negócio, análise SWOT, o que sua empresa verdadeiramente vende? Lembre-se que ninguém compra um carro, compra possibilidade de locomoção. Mas quem compra um Porsche pode estar comprando mais que isso, status talvez. Além disso, vale a pena explicar os movimentos da sua empresa, como atingir uma nova região de vendas ou lançar um novo produto. Não precisa ser um planejamento estratégico completo, mas precisa orientar o rumo que deve ser seguido.

7. Detalhamento da Comunicação:

Endereço do site, das mídias sociais, folders, fachada, manual da marca, Relações Públicas, Plano de Mídia, Merchandising, Promoções, Publicidade, ações realizadas e o resultado atingido. Vale contar a forma como a sua empresa gosta de se relacionar com a agência. Muitas vezes a agência quer fazer tudo por e-mail ou à distância e o cliente quer reunião semanal com pauta. Uma dica é falar um pouco do processo, como ocorrem as aprovações, porque determinado job é feito internamente, etc.

8. Objetivos:

Conte o que você quer alcançar. Seja específico. Quer vender mais? Lucrar mais? Aumentar o recall (lembrança da sua marca), fazer branding? Reposicionar sua marca? Atingir um novo segmento? Se você não sabe bem o que quer, provavelmente não vai saber se atingiu o objetivo, não é?!

9. BUDGET:

Quanto minha empresa quer gastar? Qual a verba para novos projetos? Aqui um grande medo é perder o poder barganha, abrir o orçamento e ficar impedido de negociar com o fornecedor. Bom, se você não confia no fornecedor, procure outro. Confiança é palavra chave. Se a sua empresa não sabe quanto gastar vai acabar recebendo uma proposta cara. Sim, seu fornecedor vai errar para cima. Delimite um valor real e que já esteja aprovado. Caso contrário, o Financeiro vai acabar barrando os esforços do Marketing.

10. Prazos e Cronograma:

É urgente? É longo prazo? Delimite previamente como acontecem os esforços de Marketing da sua empresa. Aqui entra a cultura empresarial. Existem organizações que gostam de prazos agressivos e valorizam fornecedores que trabalhem dessa forma. Para outras, tempo e cadência são essenciais. E a sua empresa? Lembre-se dos pilares do sucesso em gestão de projetos: prazo, investimento e qualidade. Formalizar isso garante que você deixou claro que queria “para ontem”!

Mais um roteiro para vocês:

 

Checklist:

Caso não queira se ater ao roteiro, monte o briefing à maneira da sua empresa, mas tenha certeza que respondeu as seguintes perguntas:

1. O QUE estamos vendendo?
2. A QUEM estamos vendendo?
3. ONDE estamos vendendo?
4. QUANDO estamos vendendo?
5. COMO estamos vendendo?

Agora, mãos à obra! :)

Foto de capa por Jan Kahánek

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