A seleção – Lições de Marketing Esportivo

A derrota que eliminou a Seleção da Copa América indignou a população e virou TT no Twitter. Usar o esporte como ferramenta de comunicação corporativa é fazer Marketing Esportivo? Bem, é nessa hora que Marketing […]

A derrota que eliminou a Seleção da Copa América indignou a população e virou TT no Twitter.

Usar o esporte como ferramenta de comunicação corporativa é fazer Marketing Esportivo?

Bem, é nessa hora que Marketing deixa de ser um processo gerencial para virar ciência. No caso da seleção brasileira de futebol, estamos falando de empresas (Nike, TAM, Nestlé, Extra, Seara, Vivo, Guaraná Antarctica, Gillette e Volkswagen) que desembolsaram valores na ordem de milhões por ano por este patrocínio.

Estampar uma camisa significa muito, mas no final fica a dúvida se a população que conhece a escalação completa da seleção saberia elencar os patrocinadores oficiais. São questionamentos que nós, gestores de Marketing, teremos que responder!

A Nike é referência no tema. O que ela tem a nos ensinar?

– Use o branding ao seu favor: venda um estilo de vida e escolha sua modalidade com base neste conceito central. A ação “The Chosen” – um concurso de vídeos à procura de grupos que inovem em matéria de estilo e criatividade – focada em Skate, Surf e BMX é um exemplo disso.

– Tenha sinergia entre as ações: use o evento como uma forma de lançar novos produtos e gerar experimentação e experiência real com a marca. A ação Posto 6.0 faz parte da estratégia de reforçar a marca de roupas e calçados Nike 6.0, existente no mercado brasileiro há dois anos.

Posto 6.0 – Ação da Nike no Rio de Janeiro

– Reúna os seguidores da sua marca: estruture uma rede social ou plataforma interativa (pode ser até um blog) para reunir quem admira sua marca/time/esporte. As redes sociais voltadas ao snowboard são sucesso fora do Brasil. Aqui, um exemplo legal é o Nike+ para corredores.

– Seja criativo: Nike Shout foi uma instalação social desenvolvida para dar, realmente, voz aos fãs. O mais legal é que isso acontecia em tempo real e durante os jogos. Com os fãs postando mensagens de apoio ao seu time ou jogador preferido pelo Aplicativo “Nike Football Facebook” ou pelas #hashtags no Twitter

– Marketing de Relacionamento: envolva os colaboradores, parceiros, fornecedores e clientes. Torcer por um time/atleta em um estádio/arena/etc lotado é uma experiência e tanto! Gera envolvimento e o recall será maior do que fazer uma série de eventos corporativos menos impactantes.

– Use métricas: vá além da mensuração de centímetros e minutos de mídia espontânea. Faça pesquisas. Aqui a Internet pode entrar em ação, já que nela tudo pode ser mensurado. Viralidade, saudabilidade, número de ocorrências, interação, downloads, views… Sempre existe uma métrica para ser utilizada na web.

Voltando ao futebol – que democrático, parece atingir a todos – encerro esse post com uma citação de Ferran Soriano, ex VP do Barcelona e mestre do Marketing Esportivo: “O futebol é o único negócio em que os empregados ganham mais dinheiro que os patrões.”

Faz pensar, não é? E temos Copa do Mundo e Olimpíadas logo aí.

Foto de capa por Tom Sodoge

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